Doenças
Conheça as principais doenças tratadas pelo coloproctologista.
São tumores malignos localizados no intestino grosso (cólon) ou no reto. Embora possam se manifestar em qualquer idade, a doença é mais prevalente em pessoas entre 50 e 60 anos.
Segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) é o 2º câncer mais frequente entre as mulheres e o 3º câncer mais frequente nos homens e tem uma estimativa de mais de 40 mil casos só em 2020.
Na maioria das vezes, esses tumores se desenvolvem a partir de pólipos, lesões benignas que crescem na parede interna do intestino grosso. Por isso a importância de se detectá-los e removê-los antes que se tornem malignos.
Doença diverticular do cólon
Os divertículos são pequenas bolsas que se formam na parede do intestino grosso. A incidência aumenta com a idade e na maioria das pessoas não causam sintomas e é chamado de diverticulose.
A doença diverticular sintomática é quando o indivíduo que tem diverticulose desenvolve sintomas, principalmente a dor abdominal baixa, mais frequente no quadrante inferior esquerdo do abdômen.
A diverticulite é uma inflamação/infecção de um ou mais divertículos. É uma condição potencialmente grave. Nos casos leves é tratada com antibióticos orais e dieta pobre em resíduos (líquidos). Nos casos mais graves é necessário internação hospitalar e antibióticos venosos e podem precisar de cirurgia.
Doenças inflamatórias intestinais
Doença de Crohn e retocolite ulcerativa idiopática
São doenças auto-imunes que causam uma inflamação crônica no intestino. A doença de Crohn pode acometer qualquer segmento do trato gastro-intestinal e a retocolite ulcerativa é restrita ao cólon e reto.
Na maioria dos casos o tratamento é medicamentoso e por se tratar de doenças crônicas por tempo indeterminado. Nos casos que evoluem com complicações ou não respondem ao tratamento clínico intervenções cirúrgicas podem ser necessárias.
Síndrome do intestino irritável - SII
É um distúrbio funcional do intestino que causa um quadro, normalmente, crônico e recorrente de dor ou desconforto na região do abdômen com alteração da frequência das evacuações e/ou no formato e consistência das fezes. Sensação de inchaço e excesso de gases são frequentes.
Existem as formas de SII com constipação (SII-C), SII com diarreia (SII-D) e a forma mista que alterna diarreia com constipação. O diagnóstico é clínico e os exames quando necessários são para excluir outras causas para os sintomas.
As causas premassem incertas, mas sabemos que fatores emocionais, alimentares, fatores ligados à microbiota intestinal e medicamentos podem contribuir para o aparecimento ou manutenção do quadro.
O tratamento passa por modificação de hábitos de vida (modificação na dieta, atividade física e atividades de lazer) e em alguns casos pode ser necessário o tratamento medicamentoso. É muito importante também buscar informações sobre a SII para entender o quadro e os gatilhos para as crises e ficar mais tranquilo sobre o diagnóstico e sobre a evolução que não costuma levar a consequências graves.
Fissura anal
É uma ruptura do revestimento do canal do ânus normalmente causada pelo trauma durante as evacuações.
É uma das patologias mais frequentes na coloproctologia e os sintomas principais são dor e sangramento. A dor normalmente piora no momento das evacuações e o sangramento é vermelho vivo.
As fissuras podem ser agudas ou crônicas e na maioria das vezes cicatrizam com o tratamento clínico – medidas dietéticas para melhorar o hábito intestinal, cuidados com a higienização e medicações tópicas (pomadas, cremes e supositórios). A fissura crônica que não cicatriza pode precisar de tratamento cirúrgico.
É sempre importante a avaliação de um especialista para excluir que a fissura não seja secundária a alguma outra doença como DST’s, neoplasias, doença de Crohn e excluir outras causas para o sangramento.
É uma condição relativamente frequente na população, sendo mais frequente entre os 40 e 60 anos e incomum antes dos 20 anos.
Alguns fatores desencadeantes são dieta rica em gordura e pobre em fibras e água, tabagismo e abuso de álcool, esforço excessivo para evacuar, ficar muito tempo sentado no vaso sanitário, constipação, diarreia crônica, esforço físico repetitivo, obesidade e ganho de peso rápido, gestação.
Os principais sintomas são sangramento e exteriorização das hemorróidas durante a evacuação. Podem ocorrer também presença de mamilos anais, dor em pontada e ardência, dermatites irritativas e prurido, sensação de pressão no canal anal, escape de secreções. A evolução na maioria das vezes é lenta ao longo dos anos. No início os sintomas são mais leves e eventuais e à medida que a doença hemorroidária vai avançando os sintomas se tornam mais frequentes e intensos.
O tratamento nos casos iniciais é clínico como cuidados com a alimentação para melhorar a qualidade das fezes e do ato defecatório, melhora dos hábitos de higienização evitando o papel higiênico e medicamentos orais e locais quando ocorrem os sintomas. Para alguns casos a cirurgia pode ser necessária. Existem alguns tratamentos intervencionistas não cirúrgicos como ligadura elástica, escleroterapia, fotocoagulação. Esses tratamentos são mais efetivos nas hemorróidas iniciais e intermediárias por isso é importante fazer uma avaliação com o coloproctologista quando surgem os primeiros sintomas
Abscesso e fístula anal
O abscesso anal ou anorretal é uma coleção de pus que se forma no ânus ou nos espaços ao redor do ânus e reto. É considerado uma urgência, pois se não tratado pode evoluir com um quadro infeccioso local mais grave ou mesmo sepse (infecção generalizada).
A maioria dos abscessos é de origem primária ou seja não estão relacionados à nenhuma doença ou condição específica e começam a partir de uma inflamação das glândulas anais que depois de infectam e evoluem com o abscesso. Causas secundárias incluem doença de Crohn, neoplasias e doenças infecciosas, complicações de cirurgias, radioterapia, trauma ou impactação de corpo estranho alimentar (ossos de galinha e espinho de peixe).
A dor é o sintoma principal e normalmente piora progressivamente se tornando contínua e mais forte e não tem relação com o momento da evacuação. Podem ocorrer inchaço com vermelhidão e calor ao redor do ânus. Febre, calafrios, diminuição do apetite também podem ocorrer. Muitas vezes ocorre um atraso no diagnóstico, que pode ser perigoso, porque as pessoas se automedicam achando que é uma crise de hemorroidas. A pessoa com dor anal contínua e que está piorando sempre deve ser avaliada de preferência por um coloproctologista o mais rápido possível para o correto diagnóstico e tratamento.
O tratamento é feito por drenagem cirúrgica com ou sem uso de antibióticos. A drenagem deve ser ampla para que todo o pus saia e portanto na maioria das vezes deve ser feita sob anestesia. Somente abscessos pequenos e superficiais podem ser drenados com anestesia local no consultório ou pronto-atendimento, mas eu sempre prefiro a drenagem no bloco cirúrgico sob anestesia por ser mais efetiva e mais confortável para o paciente.
A fístula anal é a fase crônica de um abcesso. Aproximadamente metade dos casos de abscesso anorretal drenados evoluem para uma fístula. Na fístula ocorrem drenagens recorrentes de secreção pelo orifício externo normalmente acompanhadas de desconforto local. O tratamento da fístula é sempre cirúrgico e existem várias técnicas disponíveis. A escolha da técnica é feita baseada principalmente na característica da fístula.
Cisto pilonidal
Dr. Maurilio Paiva
Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais , com residência médica em Cirurgia Geral e Coloproctologia pelo Hospital Governador Israel Pinheiro – IPSEMG.
Dr Maurilio Paiva é membro Titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva – SOBRACIL e do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil – GEDIIB
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